7.4.05

Trocando Deus "em miúdos"...

Tenho observado um movimento nada dissimulado que visa a substituição de Deus pela "natureza", pelo “bem” sem nome.

As pessoas fazem questão de enfatizar que estão à procura do "bem", da coisa certa, de ajudar aos outros... Estão defendendo a natureza, o planeta, o bem-estar dos seres humanos, enfim, tudo o que possa ser nobre e louvável. Mas evitam a todo custo ligar estas ações (ou intenções...) à um plano superior, à religião, à fé... À Deus!

Isso já está me irritando. Eu até entendo que existam pessoas que prefiram nao acreditar em Deus, não professar nenhuma fé, não se vincular à nenhuma religião. Não que eu aceite, pois tenho meu credo e professo minha fé. Mas não sou intransigente.

Porém, não posso concordar com a exigência dissimulada que vem do 'outro lado': que eu aceite passivamente a anulação de Deus. Que acredite apenas no acaso, em uma "ordem natural" das coisas, incríveis coincidências... nesse esforço da “ciência” para colocar o homem no centro de tudo, e como solução de todos os problemas... Eu creio que dessa forma estabelece-se um caminho para o relativismo moral e ético, o subjetivo: o que é certo para um, pode não sê-lo para o outro. E assim não há como prevalecer o bem da humanidade como um todo.

Para mim, de formação cristã, é difícil concordar com isso. Como ter caráter sem crer em Deus? Pode-se confiar apenas na própria consciência, apenas em valores intrínsecos do ser humano? Vale a pena arriscar-se? O que esperar de alguém que não creia em algo no plano superior... Que se ache senhor único de suas vontades, e que acredite tudo terminar ao fim de sua fulgaz existência terrestre?

Também não concordo com esse conceito de " Estado Laico ", tão em ênfase, ultimamemente. Separar política de religião é uma coisa. Querer anular o credo, a participação, e mesmo a profissão pública de fé não me parece correto, nem tampouco salutar. Recorro ao próprio Jesus Cristo - " Quem não está comigo, é contra mim." (Mt 12,30/Lc 11,23) - para justificar meu raciocínio

O que você pensa a respeito?