Ontem foi dia de Finados, um dia especial para nós que cremos na vida eterna.
Ao passar pelo cemitério, relembrando familiares - no meu caso, em especial minha mãe Maria José Vilela de Paulo, falecida em 1983 - amigos e companheiros desta viagem terrena, é forçoso lembrar que nossa vida aqui na terra não é eterna, e que há um fim para essa jornada.
Pessoas tristes, chorosas - talvez com profunda saudade pelas alegrias vividas, ou remorso, pelos momentos não vividos - misturam-se à pessoas indiferentes, algumas preocupadas em apenas enfeitar os túmulos, limpá-los - talvez na única vez que o façam no ano todo... Um misto de curiosidade, compaixão, dúvida... Será que estão ali mesmo os que nos deixaram? Será que partiram para a glória eterna, para o castigo eterno, ou estão ainda sendo purificados?
Cemitérios - assim como a morte - sempre me causaram um sentimento confuso. Ao mesmo tempo em que sua ideia ou pensamento trazem uma enorme sensação de paz, de alívio mesmo, acrescentam a nostalgia, a saudade, a curiosidade por tantas vidas extintas e que deixaram - talvez apenas ali, na lápide - a marca de sua breve existência terrena.
E nesses momentos busco reforçar a minha fé, procurando nas palavras de Jesus Cristo o conforto e a esperança que nos permite trilhar nosso breve caminho por esse vale de lágrimas. É uma pequena provação frente à tudo o que nos é oferecido para a Eternidade, onde, na presença de Deus e satisfeito em tudo por Sua graça, nada mais nos atormentará.
Aí, sim, aquela breve sensação de Paz - inquietante e trêmula - que se nos mostra nesses momentos, será eternizada e completa.