28.3.22

Seria "Daniel" o chefe do "Deus da Calvície"?

Em minhas experiências profissionais junto ao setor público e no inevitável convívio com personagens dos mais variados tipos que povoam esse ambiente, aprendi, a duras penas, algo impressionante: Na maioria das vezes o agente, o executor, o protagonista das ações que ganham destaque e publicidade não é realmente o chefe, o mentor, o real detentor do poder! Sim, ele existe: o "testa de ferro", o "laranja", e o "pau mandado" existe!!! E ele possui características que permitem identificá-lo com base em uma análise nem tão profunda assim.

Primeiramente, tais pessoas são desprovidas de senso crítico, capacidade do auto reconhecimento da sua mediocridade, ignorância e pequenez. Elas acreditam no papel a que se prestaram encenar!!! Não tem senso de ridículo, e são até mesmo capazes de rir da sua indigência intelectual e moral... Em outras palavras, não têm vergonha na cara! Mal sabem que isso - ser um tremendo cara-de-pau, é um pré-requisito para "ocupar o cargo", pois se alguém mais preparado ou capacitado for colocado na posição de destaque, logo se livra das cordas que o fazem um simples marionete!

Em segundo lugar, são ávidos por demonstrar força e poder! Adoram a bajulação, os holofotes e a sensação de domínio, da exaltação de seus feitos: buscam isso na mídia e exibem como troféus qualquer menção à eles. E exigem aplausos, comendas, homenagens e rapapés, um mise-en-scène impecável, capaz de ganhar nota dez em pelo menos cinco quesitos da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro!!! O jargão preferido é o plágio do personagem Alberto Roberto, do saudoso e criativo Chico Anysio: "Bons são vocês, eu sou apenas o máximo".

E finalmente, adoram "dar piti", "rodar a baiana", fingir-se indignado por qualquer coisa que afete os planos ou se aproxime da descoberta do verdadeiro chefe. Ah, isso é uma afronta intolerável! Ofenda suas mães ou pais, esposas ou esposos, chame-os do que quiser com palavras de baixo calão... Mas se insinuar algo que os ligue ao chefe, à sua subserviência ou dependência, ou que coloque em risco a eminência parda que os controle, danou-se!!! São capazes de uma transformação de causar inveja ao Incrível Hulk!

Se você leu até aqui e pensou em Dilma, Lula, Dória, e mais uma centenas de personagens que povoam nossa política, eu vou surpreendê-lo - ou nem tanto - e apresentar mais um para essa enorme lista, preenchida por gente das três esferas (Municipal, Estadual e Federal) e dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário): o conhecido como Deus da Calvície, o protótipo de Zeus tupiniquim que preside o "Inquérito do Fim do Mundo".

Analisando a "figura em tela", com dizem suas "inçelenssas" em seus despachos (!?), vamos fazendo um "x" em cada um dos requisitos acima enumerados. E ligando os pontinhos, chegamos à criação do mal-acabado inquérito pelo serviçal do PT e ex-aspone de "Daniel", aquele que deu voz às aspirações do mentor do "Nós vamos tomar o poder, o que é diferente de ganhar a eleição". Como aquele "bi-reprovado" em concurso para juiz não tinha os elementos básicos para exercer o cargo de marionete sem levantar maiores suspeitas, designou seu coleguinha para dar prosseguimento ao trabalho com ares de "guardião supremo da democracia e do estado de direito", com ameaças e rosnados que fazem o Cérbero parecer um lulu da pomerania...

E ele, Daniel, o Rasputin da Banânia, pode continuar lá, oculto, sorridente e seguro da infalibilidade de seus planos, que vão mostrando resultados até o momento. O único risco é aparecer um novo Bob Jeff! Talvez por esse motivo o Deus da Calvície tenha devotado tanto esforço em pisotear o pobre e quase moribundo ex-presidente do PTB, para dar mostras do que é reservado para alguém em quem "Daniel" possa "despertar os mais primitivos instintos".