SERIAL CEO | Margaret Heffernan
Artistas, designers e desenvolvedores são diferentes, difíceis e - dependendo de sua estratégia - profissionais fantásticos.
Quando digo para as pessoas que passei 13 anos produzindo programas de rádio e TV e, em seguida, mais 15 anos trabalhando com empresas de software, elas sempre olham intrigadas e perguntam: Qual é a conexão? A resposta é simples: talento. Ambas as indústrias dependem crucialmente de indivíduos altamente criativos, muitos dos quais podem ser excêntricos, independentes e muito caros para se manter. O sucesso em ambas as indústrias depende da capacidade de gerenciar e inspirar talentos.
Eu não entendia isso no começo. Gostei muito de minhas relações de trabalho produtivas com escritores, atores, designers, programadores e músicos que, por nenhuma outra razão, eu adorava. Eu admirava seus talentos, amava seu espíritos, e queria que eles fossem felizes. Mas, pensando bem, eu pude entender entender que há um pouco mais além disso.
Um grande talento é algo especial e você deve respeitá-lo. Há uma crença popular de que a criatividade é inerente à infância, que as pessoas criativas são crianças que precisam "aprender" e não podem ser contrariadas. Isso está errado. Tentar enquadrar os talentosos é algo contra-produtivo, perverso e até condenável. Mas não deve-se ir para o outro extremo e tratar estas pessoas como se eles fossem feitos de vidro. Elas são difíceis - talvez mais difíceis do que você é - e conhecem seu próprio valor. O que eles mais querem é respeito.
Pessoas criativas não estão interessadas em regras - nem para seu próprio bem - e podem ser altamente inclinadas a quebrá-las. Mas não se deixe enganar. Enquanto elas estão desenvolvendo um importante trabalho, isso é tudo o que importa. Uma vez tive um diretor extremamente talentoso que não queria trabalhar no plano de produção em um escritório aberto. Ele insistiu em ter sua própria sala, minúscula. Discutir com ele sobre isto era desperdício de tempo e resultava em perda da confiança. Ele sabia como ele próprio funcionava, e foi melhor deixá-lo seguir por sua própria conta.
Pode parecer à primeira vista contraditório, mas eu também acredito que talentos verdadeiros respeitam as restrições. Compositores sabem trabalhar para controlar o tempo em segundos quando escrevem para o cinema ou para a televisão. Escritores apreciam a contagem de palavras e a duração do texto. Portanto, não tenha medo de ser explícito e claro com eles sobre orçamentos e cronogramas. Steve Jobs costumava ter um mantra: "Real artists ships - Talentos reais entregam". Ele estava certo. Verdadeiros profissionais sabem entregar o resultado. Apenas amadores acham que é inteligente fazer o contrário.
Talvez a coisa mais importante a lembrar sobre os verdadeiros artistas é que eles são muito levados a desenvolver-se e e a desenvolver o seu ofício. Eles permanecerão em lugares que permita-lhes fazer isso, e eles vão deixar aqueles nos quais isso não é possível. Isto pode parecer arrogância, mas não é: é apenas um desejo sincero de fazer um trabalho fantástico. E isso pode trabalhar a seu favor, se você apreciar o trabalho deles e os reconhecer.
Rob Goffee e Gareth Jones escreveram um maravilhoso estudo acadêmico sobre este assunto, chamado "Gestão de pessoas inteligentes". É um estudo preciso, mas omite uma coisa: Trate bem as pessoas inteligentes e elas serão as pessoas mais divertidas para se trabalhar no mundo.
Traduzido por Luis Gonzaga do original em http://www.inc.com/margaret-heffernan/leadership-how-to-manage-clever-people.html?cid=em01014week26.