O presidente Lula repete o mantra anti-imperialista - que faz eco nas correntes de seu partido e outros esquerdistas em geral, e de certa forma angaria mais pontos para sua popularidade - de que a crise econômica mundial é de exclusiva culpa dos Estados Unidos. "Bush, faça isso" ou "Bush, faça aquilo". "Transformaram os Estados Unidos num cassino, não vamos pagar a conta...". Este tem sido seu discurso. E só isso. O samba de uma nota só deixa transparecer - infelizmente à véspera de comprovarmos - que este governo não está minimamente preparado para administrar o que vem por aí. Aliás, competência não é a marca registrada desse Governo, que subsiste graças ao que outros plantaram, à malandragem e à sorte. E à muita verborragia.
Surfando na onda da bonança mundial e na herança bendita de uma inflação sob controle e uma economia em franca recuperação, Sua Excelência só fez o que governos populistas e irresponsáveis sabem fazer muito bem: gastar. Brutal elevação de impostos, gastos públicos em explosão, crédito fácil - e irresponsável, lastreado em salários de servidores públicos e privados - ao limite da exaustão provocaram um endividamento e um comprometimento do qual, sobrevindo uma crise de crédito, dificilmente se há de sair... Afinal, o "modelo de crescimento" que tem proporcionado o sucesso de Sua Majestade, Lula I, é o do endividamento cada vez maior do Estado e dos cidadãos desavisados, em uma farra de crédito sem precedentes, que à cada momento substitui o endividamento atual - já incompatível com os parcos ganhos - por um novo endividamento, maior, com juros e prazos progressivos, em uma infinita espiral ascendente de rolagem de dívida. Isto explica, parcialmente, os astronômicos resultados financeiros apresentados pelos bancos, "nunca antes vistos na história deste país". O tamanho da encrenca chegou ao ponto de obrigar o Governo a rever, muito a contra-gosto, a "política" de crédito consignado - outro nome para agiotagem institucionalizada, a considerar as taxas de risco x juros. Tardiamente, como sempre.
O discurso do presidente já explicita uma tática para a defesa frente ao que vem por aí. Não é catrastrofismo: estamos na iminência de uma crise sem precedentes. Não é necessário ser economista com formação em Harvard e vasta experiência e conhecimento do mercado financeiro para saber que uma reversão nas regras de crédito - crédito este que tem sido irresponsável e abundante - fará desabar o castelo de cartas no qual se transformou a economia brasileira, o tão propalado e alardeado crescimento do mercado interno. A explicação já está na ponta da língua: a culpa é do mordomo, isto é, do culpado padrão de sempre: os Estados Unidos. Se lá a crise teve origem no sistema de hipotecas e financiamento imobiliário, aqui financiou-se comida, festas de casamento e formatura, celulares, eletrodomésticos, motos e automóveis... Milhões de "excluídos" foram incluídos no mercado de consumo (e na classe média, que cresceu, acreditem!) graças ao crédito fácil e farto, e às taxas de juros módicas... Para qualquer outro planeta!
Muitos poderão lembrar-me, muito bem, a propósito, que o crédito consignado nos moldes vigentes foi iniciativa do então governo FHC. Como todo o resto, devidamente apropriado como brilhante idéia e revolucionária solução de Sua Majestade, Lula I, o incomparável. Mas o aperfeiçoamento é obra inconstestável deste (des)governo, assim como foi feito com o (inexistente!) mensalão, criado no laboratório de ensaio das Minas Gerais. Lá também deve ter-se iniciado esta fusão, pois na raiz do mensalão estavam escusas negociações do famigerado crédito consignado e a liberação da "compra" de folhas de pagamento de órgãos públicos por bancos privados... Enfim, não há nada que o governo anterior tenha feito de ruim e errado que o atual não possa ter aprimorado com maestria e requintes de crueldade. Uma lei sem corolário, infelizmente.
Como cristão, trabalhador e pai de famíla, rezo para que não sobrevenha a crise. Pouco mais me resta a fazer. Como cidadão, resta-me o que os juristas denominam jus speniandi, o direito de expressar minha revolta com o estado das coisas e com a forma pela qual as pessoas se deixam iludir, transferindo suas responsabilidades e até o controle de suas vontades -e de suas vidas - para o Estado, para o governo e para salvadores da pátria que, infelizmente, povoam nossa história.
Para este governo, a culpa é sempre dos outros. Mas desta vez não haverá como negar: o crédito é inteiramente dele!
Surfando na onda da bonança mundial e na herança bendita de uma inflação sob controle e uma economia em franca recuperação, Sua Excelência só fez o que governos populistas e irresponsáveis sabem fazer muito bem: gastar. Brutal elevação de impostos, gastos públicos em explosão, crédito fácil - e irresponsável, lastreado em salários de servidores públicos e privados - ao limite da exaustão provocaram um endividamento e um comprometimento do qual, sobrevindo uma crise de crédito, dificilmente se há de sair... Afinal, o "modelo de crescimento" que tem proporcionado o sucesso de Sua Majestade, Lula I, é o do endividamento cada vez maior do Estado e dos cidadãos desavisados, em uma farra de crédito sem precedentes, que à cada momento substitui o endividamento atual - já incompatível com os parcos ganhos - por um novo endividamento, maior, com juros e prazos progressivos, em uma infinita espiral ascendente de rolagem de dívida. Isto explica, parcialmente, os astronômicos resultados financeiros apresentados pelos bancos, "nunca antes vistos na história deste país". O tamanho da encrenca chegou ao ponto de obrigar o Governo a rever, muito a contra-gosto, a "política" de crédito consignado - outro nome para agiotagem institucionalizada, a considerar as taxas de risco x juros. Tardiamente, como sempre.
O discurso do presidente já explicita uma tática para a defesa frente ao que vem por aí. Não é catrastrofismo: estamos na iminência de uma crise sem precedentes. Não é necessário ser economista com formação em Harvard e vasta experiência e conhecimento do mercado financeiro para saber que uma reversão nas regras de crédito - crédito este que tem sido irresponsável e abundante - fará desabar o castelo de cartas no qual se transformou a economia brasileira, o tão propalado e alardeado crescimento do mercado interno. A explicação já está na ponta da língua: a culpa é do mordomo, isto é, do culpado padrão de sempre: os Estados Unidos. Se lá a crise teve origem no sistema de hipotecas e financiamento imobiliário, aqui financiou-se comida, festas de casamento e formatura, celulares, eletrodomésticos, motos e automóveis... Milhões de "excluídos" foram incluídos no mercado de consumo (e na classe média, que cresceu, acreditem!) graças ao crédito fácil e farto, e às taxas de juros módicas... Para qualquer outro planeta!
Muitos poderão lembrar-me, muito bem, a propósito, que o crédito consignado nos moldes vigentes foi iniciativa do então governo FHC. Como todo o resto, devidamente apropriado como brilhante idéia e revolucionária solução de Sua Majestade, Lula I, o incomparável. Mas o aperfeiçoamento é obra inconstestável deste (des)governo, assim como foi feito com o (inexistente!) mensalão, criado no laboratório de ensaio das Minas Gerais. Lá também deve ter-se iniciado esta fusão, pois na raiz do mensalão estavam escusas negociações do famigerado crédito consignado e a liberação da "compra" de folhas de pagamento de órgãos públicos por bancos privados... Enfim, não há nada que o governo anterior tenha feito de ruim e errado que o atual não possa ter aprimorado com maestria e requintes de crueldade. Uma lei sem corolário, infelizmente.
Como cristão, trabalhador e pai de famíla, rezo para que não sobrevenha a crise. Pouco mais me resta a fazer. Como cidadão, resta-me o que os juristas denominam jus speniandi, o direito de expressar minha revolta com o estado das coisas e com a forma pela qual as pessoas se deixam iludir, transferindo suas responsabilidades e até o controle de suas vontades -e de suas vidas - para o Estado, para o governo e para salvadores da pátria que, infelizmente, povoam nossa história.
Para este governo, a culpa é sempre dos outros. Mas desta vez não haverá como negar: o crédito é inteiramente dele!
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