26.9.06

Não terão o meu voto jamais!

Meu pai e minha mãe (já falecida) me ensinaram a não roubar, não mentir, a ser honesto e trabalhador.

Ensinaram-me a obter o meu sustento e o daqueles que dependem de mim de forma honrada. A amar a Pátria e assim respeitar todos aqueles que lutaram e lutam - muitos pagando com a própria vida - para torná-la e mantê-la livre, soberana e íntegra. A ter fé, estudar, e a buscar o conhecimento, aprender com tudo e com todos e ser melhor que eu mesmo a cada dia, como forma de contribuir para que o mundo seja um lugar melhor para se viver.

Recebi e ainda recebo esses ensinamentos de meus pais, de parentes, de amigos e de pessoas especiais com quem tive e tenho a honra de partilhar minha existência neste mundo.
E os vi e vejo sendo praticados diuturnamente, à custa de imensos sacrifícios. Cheguei mesmo, por diversas vezes, a questioná-los. Afinal, sempre esbarrava em um ou outro "esperto" que, burlando as regras morais, os ditames da boa convivência ou as próprias leis, se "dava bem". Mas resisti às tentações e, embora esteja longe de ser um modelo de caráter, creio estar preservando tudo aquilo que me foi passado por eles, que por sua vez o receberam de seus pais, e assim, por gerações e gerações...

E, desde que me tornei pai, faço questão de ensinar assim também a meus filhos. É difícil!!! Chega a me partir o coração ao cobrar deles, ainda em formação, que se portem de maneira exemplar frente à uma crescente degenerescência da moral e do caráter que açoda nossa força de vontade dia e noite. E, de maneira cínica, essa excrescência moral é até mesmo propalada, exultante, e segue escarnecendo de nossas dificuldades e atirando-nos um xingamento: "Tolos! Nós nos demos bem! Somos incompetentes, incultos, imorais, cínicos, mentirosos, ladrões, criminosos... E podemos sê-lo e ainda desfilar pelas ruas e pela mídia de cabeça erguida, ostentando nossos (de)feitos, enquanto vocês caminham cabisbaixos, soturnos, quase se esgueirando pelos escombros da moral que deixamos em nosso caminho! E ainda estamos atentos: qualquer deslize de vocês, gritaremos a plenos pulmões! Bradaremos aos quatro ventos!".

Não, senhores. Vocês não vão triunfar! Pode ser que continuem assim, jocosos, a nos afrontar. "Apresentem as provas!", bradam, certos do silêncio da cumplicidade e do crime perfeito. "Nada fizemos, nada sabíamos. Foram 'eles', os 'outros'". Crimes sem culpados, sentenças sem punição, e o descalabro segue... A justiça não se faz...

Mas eu tenho um tribunal em minha consciência. Aquele implacável juiz, que julga meus atos, minhas omissões, meus pensamentos e minhas vontades. E é implacável! E não exige provas. Meros indícios já são suficientes para a condenação eterna. E é à esse tribunal, à esse juízo que estou lhes submetendo nesse momento: implacável! E, para sua indignação, lamento informar-lhes que foram condenados. Pelos atos e omissões, pelos desejos manifestos e palavras blasfemas, foram condenados!!! Como vocês mesmos dizem, é um julgamento "político"...

Não quero saber a origem dos dinheiros: se legal ou moral fosse, jamais precisariam ser ocultados de nossas vistas em malas, caixas de bebidas ou peças íntimas. Se fossem operações lícitas, seriam feitas por transferência eletrônica (TED) ou cheque nominal, como estabelece a lei. E não seria em moeda estrangeira, como proíbe a lei. Então, no tribunal da minha consciência, é ilegal!

Não quero saber se sabiam ou não: se sabiam, são cúmplices. Se não sabiam, são os responsáveis por aqueles que os servem. Se eu compro um produto com defeito, reclamo à empresa que me vendeu ou fabricou, não ao funcionário responsável pela falha! Assim também o presidente é o responsável - como ele mesmo já disse - pelos atos dos seus subordinados - muitos dos quais diretamente. Um sábio ex-chefe já me dizia: "chefe de incompetente, incompetente também é. Ou é incompetente para perceber a incompetência do subordinado, ou é incompetente para corrigi-lo ou demiti-lo. De qualquer forma, é incompetente também". Pois eu digo: chefe de corrupto, corrupto também é. Então, no tribunal da minha consciência, são culpados!

"Mane, thecel, upharsin" (Dan 5,25). Deus contou os dias de teu reinado e determinou o seu fim. Foste pesado na balança e achado em falta. Teu reino foi dividido e entregue...

Não, Senhor Lula! Não, PT! Não terão o meu voto jamais! E peço a Deus que não tenham nenhum voto de qualquer brasileiro honrado, que os conheça de verdade, e que pense no futuro de seus filhos, de seus entes queridos, de seus amigos e de sua pátria!!!

Um comentário:

tunico disse...

Luiz, estamos assistindo estarrecidos a mais uma tentativa vil de Lula para esfumaçar o ambiente nestes 5 dias que faltam para as eleições.

Mirian Leitão hoje em sua coluna faz um paralelo do (pen)último escândalo e a tentativa de Lula para abafar o caso com o caso Riocentro.Ótimo artigo que deveria ser repetido à exaustão em toda a mídia, inclusive nos blogs anti-petralhas. Em resumo, sobre o episódio Riocentro ela diz que os militares abafaram o caso mas não acusaram a oposição de golpe.Hoje, com todas as evidências que o caso Vedoin é armação petista, ela diz que Lula é o comandante da operação abafa tentando transformar as vítimas em culpados "...Os ataques de Lula à oposição denunciando um golpismo inexistente é um dos mais espantosos transformismos já vistos na política brasileira."
Como ela diz no final:"... todos envolvidos na conspiração são do do governo e do PT. Algins têm intimidade doméstica com o Presidente, akguns tinham cargos de chefia no comitê de campanha de reeleição, mas o presidente Lula denuncia insistentemente que a oposição é que atenta contra a democracia.Naquele final do regime militar, a sociedade civil, alerta e viva, reagiu de forma vigorosa, apressando o fim do longo pesadelo. Hoje o país assiste inerte e anestesiado a uma das piores tramas jamais vistas na sua história política."