21.12.08

Mensagem de Natal e Ano Novo - 2008

Está chegando o Natal, trazendo com ele o final do ano. Esta é a época do ano que, com o agito, os compromissos, a pressão para concluir tudo o que não conseguimos durante os mais de trezentos e tantos dias já passados, as festas, as provas finais, as formaturas, enfim, a agenda cheia, nos atribula mas ao mesmo tempo nos enche de entusiasmo e coragem para dar o último impulso, com se quiséssemos dar uma ajuda à roda da vida e do tempo para concluir mais um ano.

A mágica da época do Natal e do final de ano faz sentirmo-nos melhores. Mesmo os que não têm crença ou que não celebram o Natal com o seu sentido religioso hão de convir que o clima é de celebração, de alegria, de esperança. A sensação é a de vencer mais uma etapa de nossas vidas, de cumprir com o dever de manter-se vivo - que a nossa natureza nos impõe – de reencontrar, de realizar, de aprender, de crescer, enfim, de evoluir como seres humanos, acrescentando mais um ano de experiência em nossa jornada rumo à perfeição.

O Natal é uma festa da família: um menino nasceu, um filho nos foi dado – a nós, a grande família humana – e a sua passagem por este mundo deixou marcas indeléveis, muitas das quais são, em essência, nossa própria razão de ser. Afinal, a civilização ocidental deve à Ele sua própria existência. O Natal traz de volta, em sua nostalgia, nosso lado criança. Seja pela lembrança de natais passados - a expectativa do presente, da vinda do papai noel, as reuniões de família nas férias com parentes - ou amigos, ou em lugares novos - enfim, as boas lembranças... Seja pela alegria presente, reavivada em cada rostinho encantado de criança, nos sonhos pueris dos pequeninos com quem convivemos, nos enfeites, nos preparativos, na caridade, na generosidade. Existem, sim, espíritos de natal, semelhantes àqueles do conto de Charles Dickens: o nostálgico, o de reconciliação e principalmente o de esperança, que é o que prevalece e nos enche de alegria.

Revigorados pela comemoração do nascimento de Jesus, partimos para o novo ano fortalecidos com a experiência, com o sabor da vitória por mais um ano superado, e com os planos. Muitos planos. E sonhos.

O ano que vai ficando para trás deixará também suas marcas para o resto de nossas vidas. Sejam elas doloridas, que nos permitiram aprimorar nossa capacidade de superação, sejam elas as das conquistas, das realizações, dos momentos de alegria e felicidade: cada uma delas como um pequeno tijolo, cimentado na parede de nossa história com a energia, a intensidade e a disposição com que vivemos estes momentos. Ficarão registrados em nossa memória e farão parte do nosso ser.

E agora lançamos outra vez o barco de nossas vidas no oceano do tempo, rumo ao futuro, esse desconhecido tão belo quanto incerto, tão esperado quanto temido... Felizmente, tanto o leme quanto as velas deste barco estão sob nosso comando. E não estaremos sozinhos, sem dúvida. Tempestades virão? Ajustemo-los! É hora de coragem e de ação... Calmarias? Paciência! É momento de revisão dos planos ou elaboração de novos planos... Águas tranquilas e vento a favor? Aproveitemo-las! É tempo de navegar confiante e à toda velocidade, com o intuito de atracar nosso barco, um dia, no porto seguro da eternidade, carregado de experiência, conquistas, realizações, de nossa história, enfim.

Um Feliz Natal, e um Feliz Ano Novo! É o que desejamos-lhe, eu e minha famíla, a você, sua família e todos aqueles que o acompanham nessa belíssima viagem.

Curitiba-PR, em 19 de Dezembro de 2008.

Luis Gonzaga de Paulo

4.12.08

Não tá morto quem peleia!!!

Parabéns aos meus inúmeros e sinceros amigos gaúchos colorados pela conquista desta madrugada!

Foi sofrido, mas certamente valeu à pena aguardar até uma hora da manhã desta quinta-feira, 04 de Dezembro de 2008, que entrará para a história por este feito inédito: o primeiro clube brasileiro a conquistar a Copa Sul-Americana!

Foi um jogo dramático no qual prevaleceu a raça sobre a técnica, mas nem por isso diminuiu o brilho do espetáculo e da conquista. Decidido aos nove minutos do segundo tempo da prorrogação, depois de duas tentativas em seqüência - uma na trave e outra defendida pelo goleiro do Estudiantes. Já havia ocorrido tal situação por duas vezes, mas nesta o Nilmar foi feliz - e oportunista, requisito para ser artilheiro e estrela de qualquer time.

Agora o Sport Club Internacional pode ostentar, sem sombra de dúvida, o título de "Campeão de Tudo".

Parabéns, colorados!

29.11.08

Alguém ainda acredita neste governo?

Folha de S. Paulo: Obras atrasadas do PAC recebem o selo de "projeto em dia" .
Humberto Medina - da Sucursal de Brasília
Na lista de obras de infra-estrutura com selo verde do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que classifica como "adequado" o andamento dos projetos, há 16 empreendimentos atrasados em relação ao cronograma apresentado pelo governo em junho. Há atrasos de mais de um ano com o carimbo verde, usado para obras e ações que estão em dia.
Os atrasos mínimos são de aproximadamente dois meses e podem ser verificados em praticamente todas as áreas de infra-estrutura: concessão de rodovias à iniciativa privada, recuperação de estradas, construção de usinas para geração de energia, gasodutos, dragagem de portos, construção de navios e melhorias em aeroportos.
No sistema de classificação do PAC há cinco "selos": azul (concluído), verde (adequado), amarelo (atenção) e vermelho (preocupante). O maior atraso "não contabilizado" pelo governo é o da entrega dos navios petroleiros do quarto lote de licitações feitas pela Transpetro, estatal subsidiária da Petrobras. Na avaliação do PAC feita em junho, o primeiro dos quatro navios deveria ser entregue até o final de setembro do ano que vem. Na última avaliação, em 30 de outubro, esse prazo foi para junho de 2011. Apesar do atraso de um ano e nove meses, para o governo, o ritmo da obra está "adequado". Os navios vão custar R$ 415 milhões.Outra obra com atraso superior a um ano é a duplicação da BR-101, trecho entre Palhoça (SC) e a divisa com Rio Grande do Sul. A previsão de junho era concluir a obra até o final de 2010. Na última previsão do governo, o prazo ficou para final de fevereiro de 2012. A obra está orçada em R$ 810 milhões, para duplicar 249 quilômetros.
Energia
No PAC há três obras importantes para geração de energia com atrasos não contabilizados pelo governo: hidrelétricas de Simplício (MG/RJ) e Dardanelos (MT) e a usina nuclear de Angra 3 (RJ). A hidrelétrica da Simplício, na divisa de Minas Gerais e Rio de Janeiro, seria concluída até o final de setembro de 2010. No final do mês passado, o novo prazo foi alongado para final de novembro. A obra está orçada em R$ 1,2 bilhão e, quando pronta, a usina poderá gerar até 334 MW.A hidrelétrica de Dardanelos, no rio Aripuanã (MT), em tese seria concluída até o final de 2009, a julgar pelo balanço divulgado em junho. No último dia 30, a avaliação mudou para final de fevereiro de 2010. A obra custará R$ 753 milhões e a usina tem capacidade de gerar até 261 MW.A usina nuclear de Angra 3 vem sofrendo atrasos constantes nos balanços do PAC, sem nunca ter perdido o selo verde. Na comparação com junho, a entrada em operação da usina foi atrasada em dois meses, passando do final de agosto de 2014 para final de outubro. Angra deverá custar R$ 7,3 bilhões e poderá gerar até 1.350 MW.
Governo
Por meio da assessoria de imprensa, a Casa Civil informou que não há erro no balanço. "Não há erro de avaliação. Em obras de grande porte, atrasos acontecem, mas os cronogramas das obras citadas estão dentro do horizonte do PAC".
Especificamente em relação à BR-101 em Santa Catarina, o governo avalia que a obra foi antecipada para 15 de dezembro de 2009, porque outras obras na mesma rodovia (túnel do Formigão, túnel do Morro dos Cavalos e ponte da Lagoa do Imarui) foram incluídas depois por exigência do Ministério Público.

E eu, digo o quê?
Mais uma invencionice deste governo: atraso não contabilizado. Também, esperar mais o que desta turma? Já manipularam tudo o que foi possível - e até o impossível, talvez. O balanço da Petrobrás e os índices de emprego, números da economia, saúde, negros e índios do país, mortes por aborto... Enfim, a lista é longa. Nem mesmo a velhinha de Taubaté resistiu!

No dos outros, é refresco...

Folha de S. Paulo: Relator de reforma propõe fim da reeleição
Maria Clara Cabral - da Sucursal de Brasília
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) promete apresentar na próxima semana na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) seu relatório sobre reforma política. No documento obtido pela Folha, o parlamentar recomenda o fim da reeleição e a extensão do mandato do presidente, dos governadores e dos prefeitos para cinco anos.Ele também quer a mudança da data das posses de 1º de janeiro para os dias 5 ou 6 do mesmo mês. O deputado argumenta que o fim da reeleição pode acelerar o processo de "renovação das lideranças políticas, constituindo-se em importante freio à manutenção de lideranças que dominam várias agremiações".Sobre o mandato de cinco anos, o deputado diz que o período é o mais "equilibrado para que os detentores de mandato possam executar as diretrizes previstas em seus programas eleitorais e partidários".O parlamentar dá parecer pela constitucionalidade de inúmeras PECs (propostas de emenda constitucional) que tratam de mudanças nos mandatos políticos. Em nenhum momento o parecer de João Paulo Cunha se refere à possibilidade de permitir que Lula dispute um novo pleito.Ele faz referência apenas à necessidade de supressão de artigo de algumas PECs sobre mudanças em "lapso temporal já transcorrido", ou seja, em eleição que já aconteceu.O texto fala sobre o mandato dos prefeitos e vereadores eleitos neste ano, mas o deputado garante que a regra vale também para o presidente e que qualquer manobra para a extensão do mandato está completamente descartada.O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garante que colocará o parecer do petista em pauta já na reunião de quarta-feira e avalia que o texto pode ser votado até o final do ano.Apesar de João Paulo ter dado sugestões de mérito sobre as PECs, a fase da CCJ é destinada apenas para votar o parecer pela admissibilidade das propostas. Uma vez aprovado, o texto segue para uma comissão especial, onde outras sugestões podem ser incluídas.O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), resume a preocupação da oposição: "O deputado [João Paulo] garante [que não tentará nenhuma manobra para aumentar o tempo do mandato de Lula] e eu acredito. Mas não acredito no PT. Quando a PEC sair da CCJ, ela não estará mais nas mãos dele [João Paulo], mas nas mãos do PT, que sempre teve conteúdo duvidoso sobre democracia representativa".Devanir Ribeiro (PT-SP), "pai" do terceiro mandato, agora adota um novo discurso. Garante que a idéia está descartada, mas disse que pode apresentar emenda para a extensão de todos os mandatos do Poder Executivo para haver uma coincidência nas eleições.LegislativoOutra sugestão do relatório de João Paulo diz respeito ao tempo do mandato dos cargos no Legislativo. A intenção é que, pela necessidade de coincidir as eleições com o Executivo, os senadores tenham o mandato reduzido de oito para cinco anos. No documento, o parlamentar não menciona a necessidade de mudança no tempo dos mandatos de deputados, mas questionado, diz que defende a ampliação dos atuais quatro anos para cinco.João Paulo ressalta a necessidade de iniciar um debate sobre os suplentes de senadores. Uma das idéias já discutidas é que a eleição para deputados federais e senadores ocorra em conjunto, sendo eleito ao Senado o candidato com mais votos no Estado. O suplente seria o segundo mais votado.

E eu, digo o quê?

Simples, uai! Uma vez que o Apedeuta já percebeu que não emplaca ninguém em 2010 - ainda mais com o agravamento da marolinha - o mais sábio é abreviar o retorno dele para 2015, ao invés de 2018, não é? Isso sem contar que certamente o PT vai transformar a vida do sucessor de Lula - caso seja um oposicionista, como tudo faz crer - e o país em um inferno, com greves e manifestações e críticas a tudo o que for feito. Alguém duvida? Eu não!

27.11.08

Noite simplesmente memorável!

Ocorreu ontem na loja das Livrarias Curitiba do Shopping Estação o lançamento do livro "O país dos petralhas", de Reinaldo Azevedo. Fotos

Estive presente e confesso que foi um dos eventos mais interessantes do qual participei nos últimos tempos. Reinaldo dispensa apresentações e não me sinto digno de tecer comentários sobre ele. Mas indiscutivelmente é um expoente em sua profissão, pois deve ser um dos poucos - senão o único - jornalista que conheço que possui fãs!

De uma clareza de linguagem impar e uma objetividade incomparável, Reinaldo brindou-nos com uma palestra de quase duas horas - que pareceu ser de apenas alguns minutos - discorrendo sobre assuntos da atualidade, do passado recente ou mesmo do mais longinqüo, permitindo-se ir até à Grécia antiga de Aquiles e passar pelo Brasil Colônia de Buarque de Holanda. Com a convicção típica dos sábios reafirmou sua condição de Católico, suas fraquezas humanas e seu bom humor (gostei especialmente do "Reinaldo de ferraduras" e do "download do capeta").

A presença do público foi maciça - contei mais de uma centena só dos ouvintes que permaneceram após a apresentação do Reinaldo - e a participação efusiva: pelo menos por duas vezes o locutor teve de interromper os aplausos que já duravam mais de um minuto!

Parabéns, Reinaldo! E muito obrigado por brindar-nos com sua simpatia e suas palavras, pessoalmente. Nós que somos leitores assíduos de seu blog ou de sua coluna na Veja pudemos experimentar um pouco mais desta intimidade desenvolvida através do "éter" - ou seria da Ethernet? - por meio de telas, mouses e teclados, mas principalmente por palavras, ideais e valores!

16.11.08

Convocação para o abaixo-assinado pela vida e contra o aborto na ONU.

Grupos pró-aborto estão promovendo um abaixo-assinado para que a ONU reconheça o aborto como um suposto direito universal, aproveitando a festa dos 60 anos da promulgação da Declaração Universal dos Diretos Humanos, no dia 10 de dezembro.

Nós, Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, entidades e movimentos em defesa da vida, estamos promovendo outro abaixo-assinado, ou seja, em favor da vida e contra o aborto. Precisamos de 50.000 assinaturas. Convocamos a todos para que divulguem esta nossa campanha a fim de neutralizar um flagrante desrespeito aos direitos humanos.
Faça sua assinatura, defenda a maternidade e a vida inocente votando a favor da dignidade do embrião, do feto e da criança no útero materno.

Para isso, acesse: http://www.c-fam.org/publications/id.101/default.asp

Repasse esta mensagem à sua família, seus amigos, enfim, a todas as pessoas . "Escolhe, pois, a vida" (Dt 30,19).
Brasília, 24 de outubro de 2008.


Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família

24.10.08

Crise? Que crise? Não há nada pior que a crise moral que nos assola desde 2002...

Depois de vangloriar-se da fortaleza que seu governo construira, na sua habitual profusão de bravatas, o presidente e sua côrte ministerial deram-se conta da gravidade da crise. E já partiram para a vacinação do inconsciente (imbecil?) coletivo acusando a oposição de fazer aquilo que sempre fizeram: quanto pior melhor. A velha tática leninista de acusar os inimigos de fazer aquilo que se faz, na verdade.

Mas não é só isso. A reação tem rompantes de pragmatismo também. A área mais vulnerável à crise ora instalada é o crédito. E neste plano, o crédito consignado é uma verdadeira bomba-relógio. O castelo de cartas criado com a venda de ilusões, com o crescente endividamento de grande parcela da população e com a rolagem infinita da dívida por parte daqueles que não tinham acesso ao "crédito fácil e barato" exatamente por não disporem de meios de honrarem novos compromissos está prestes a desmoronar. E deve começar com a insolvência dos bancos menores e financeiras, que expandiram seus limites além da responsabilidade animados pela cobrança de taxas de juros absurdas. São estes os bancos que deverão ser comprados e que são alvos da MP 443. De uma só tacada o governo pretende salvar os amigos que tanto colaboraram com o aumento de crédito e ainda garantir sobrevida aos inadimplentes, com mais crédito, desta vez provido pela generosidade estatal.

Aprovada a MP os bancos federais podem comprar bancos e participações em outros bancos... Algúem em sã consciência imagina a Caixa e o BB comprando ações de grandes bancos? Vão participar de sociedades com Itaú, Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC? Claro que não. Vão é dar guarida às negociatas iniciadas lá na raiz do mensalão. Vão "investir" em instituições do quilate de um BMG. Creio que a intenção seja a de comprar comprar os pequenos bancos, os agiotas de plantão pendurados no crédito consignado.

Abram os olhos com essa MP 443! Se ela passar, acredito que ainda pode render "algum por fora" para os financiadores do mensalão, além dos dividendos políticos para o salvador da pátria de plantão...

13.10.08

Marta, Kassab e a mentira.

Eles sempre ganham...

Tentaram insinuar algo contra o Kassab pelo fato de não ser casado e não ter filhos... O que seria? Somente dúvida? Afinal, um homem não tem o direito de ser solteiro, de não ser pai? Ora, ora, ora... Ou será que queriam o Kassab mostrando a tia do interior??? Vai ver é isso. O cara demoliu a Martaxa, e, sem argumento, apelaram. O tiro pode sair pela culatra.

Mas eles nunca erram, nunca sabem, nunca fizeram ou disseram com essa intenção. Nós é que somos perversos. Se forem criticados agora, partem para o vitimismo com aura de anjo, como se fossem os mais inocentes do mundo, as únicas virgens do prostíbulo.

Os golpes desferidos por essa quadrilha são como adagas: dois cortes. Se der certo, insistirão na dose. Se der errado, vão posar de vítimas. Assim conquistaram o poder. Assim corromperam, roubaram, destruíram a VERDADE e a HONRA. Assim governam.

É o poder do mal, da divisão, da dubiedade, da mais deslavada MENTIRA. Mente-se, e para se desculpar mente-se mais ainda, como bem ensinou o chefe em cadeia nacional: "o problema da mentira é que você conta uma, e para tentar se livrar nunca mais para de mentir". Eles são especialistas nisso!!!

O engraçado é ver a Martaxa tentando incriminar o DEM e o Paulo Maluf. O primeiro, esteve por muito tempo no poder e, que me conste, não protagonizou nada semelhante aos cumpanhêro. O segundo, bem, o segundo é sempre um bom aliado do PT, não é mesmo?

4.10.08

Como sempre!

Jamais torci por isto, jamais gostaria de ver o efeito de uma crise, principalmente sobre a população mais pobre - e mais endividada - de nosso país. Mas ela, a crise, vem aí. Os ensaios desta metamorfose que comanda nosso país visam apenas - como sempre - achar os culpados mais aceitos pelos incautos. Afinal, essa coisa se julga perfeita, não é mesmo? Nunca perde, nunca erra!
Quando provocou aquela escalada do dólar, em abril de 2002, com seu então discurso "contra tudo o que está aí", certamente não teve nada de culpa... Eram os especuladores, os culpados. E aquela crise ajudou na eleição, não é mesmo? E como ajudou!
Agora vamos por à prova a competência deste governo fora dos palanques... Ruim de qualquer jeito, pois a conta nós é que pagaremos. Como sempre. E eles sempre ganham. Na pior das hipóteses vão deixar a devastação e as marcas da crise para um sucessor, e certamente subirão nos palaques para criticar, culpar, xingar e mentir. Como sempre.

2.10.08

A culpa é sempre dos outros... E o crédito?

O presidente Lula repete o mantra anti-imperialista - que faz eco nas correntes de seu partido e outros esquerdistas em geral, e de certa forma angaria mais pontos para sua popularidade - de que a crise econômica mundial é de exclusiva culpa dos Estados Unidos. "Bush, faça isso" ou "Bush, faça aquilo". "Transformaram os Estados Unidos num cassino, não vamos pagar a conta...". Este tem sido seu discurso. E só isso. O samba de uma nota só deixa transparecer - infelizmente à véspera de comprovarmos - que este governo não está minimamente preparado para administrar o que vem por aí. Aliás, competência não é a marca registrada desse Governo, que subsiste graças ao que outros plantaram, à malandragem e à sorte. E à muita verborragia.

Surfando na onda da bonança mundial e na herança bendita de uma inflação sob controle e uma economia em franca recuperação, Sua Excelência só fez o que governos populistas e irresponsáveis sabem fazer muito bem: gastar. Brutal elevação de impostos, gastos públicos em explosão, crédito fácil - e irresponsável, lastreado em salários de servidores públicos e privados - ao limite da exaustão provocaram um endividamento e um comprometimento do qual, sobrevindo uma crise de crédito, dificilmente se há de sair... Afinal, o "modelo de crescimento" que tem proporcionado o sucesso de Sua Majestade, Lula I, é o do endividamento cada vez maior do Estado e dos cidadãos desavisados, em uma farra de crédito sem precedentes, que à cada momento substitui o endividamento atual - já incompatível com os parcos ganhos - por um novo endividamento, maior, com juros e prazos progressivos, em uma infinita espiral ascendente de rolagem de dívida. Isto explica, parcialmente, os astronômicos resultados financeiros apresentados pelos bancos, "nunca antes vistos na história deste país". O tamanho da encrenca chegou ao ponto de obrigar o Governo a rever, muito a contra-gosto, a "política" de crédito consignado - outro nome para agiotagem institucionalizada, a considerar as taxas de risco x juros. Tardiamente, como sempre.

O discurso do presidente já explicita uma tática para a defesa frente ao que vem por aí. Não é catrastrofismo: estamos na iminência de uma crise sem precedentes. Não é necessário ser economista com formação em Harvard e vasta experiência e conhecimento do mercado financeiro para saber que uma reversão nas regras de crédito - crédito este que tem sido irresponsável e abundante - fará desabar o castelo de cartas no qual se transformou a economia brasileira, o tão propalado e alardeado crescimento do mercado interno. A explicação já está na ponta da língua: a culpa é do mordomo, isto é, do culpado padrão de sempre: os Estados Unidos. Se lá a crise teve origem no sistema de hipotecas e financiamento imobiliário, aqui financiou-se comida, festas de casamento e formatura, celulares, eletrodomésticos, motos e automóveis... Milhões de "excluídos" foram incluídos no mercado de consumo (e na classe média, que cresceu, acreditem!) graças ao crédito fácil e farto, e às taxas de juros módicas... Para qualquer outro planeta!

Muitos poderão lembrar-me, muito bem, a propósito, que o crédito consignado nos moldes vigentes foi iniciativa do então governo FHC. Como todo o resto, devidamente apropriado como brilhante idéia e revolucionária solução de Sua Majestade, Lula I, o incomparável. Mas o aperfeiçoamento é obra inconstestável deste (des)governo, assim como foi feito com o (inexistente!) mensalão, criado no laboratório de ensaio das Minas Gerais. Lá também deve ter-se iniciado esta fusão, pois na raiz do mensalão estavam escusas negociações do famigerado crédito consignado e a liberação da "compra" de folhas de pagamento de órgãos públicos por bancos privados... Enfim, não há nada que o governo anterior tenha feito de ruim e errado que o atual não possa ter aprimorado com maestria e requintes de crueldade. Uma lei sem corolário, infelizmente.

Como cristão, trabalhador e pai de famíla, rezo para que não sobrevenha a crise. Pouco mais me resta a fazer. Como cidadão, resta-me o que os juristas denominam jus speniandi, o direito de expressar minha revolta com o estado das coisas e com a forma pela qual as pessoas se deixam iludir, transferindo suas responsabilidades e até o controle de suas vontades -e de suas vidas - para o Estado, para o governo e para salvadores da pátria que, infelizmente, povoam nossa história.

Para este governo, a culpa é sempre dos outros. Mas desta vez não haverá como negar: o crédito é inteiramente dele!

31.8.08

Uma entrevista antológica.

"Muitos governantes usam os impostos e a burocracia para massacrar os empreendedores, que vêem como uma ameaça"

O economista americano James Roberts, de 58 anos, é coordenador do índice de liberdade econômica da Heritage Foundation, entidade de promoção de políticas liberais com sede em Washington, nos Estados Unidos. A lista elaborada por Roberts compara a facilidade com que cidadãos de diferentes países conseguem começar um negócio, escolher um emprego, tomar dinheiro emprestado ou usar o cartão de crédito. Publicado anualmente desde 1995, o ranking tornou-se um termômetro da saúde e da eficiência das economias nacionais. Antes de assumir essa função, Roberts trabalhou no Departamento de Estado durante 25 anos. Como diplomata, coordenou programas destinados a assessorar a transição para o capitalismo em vários países do Leste Europeu. Roberts concedeu a seguinte entrevista a VEJA.

"Os dois fatores que fizeram o Brasil cair no ranking da liberdade econômica foram a corrupção e a falta de abertura financeira. As leis brasileiras são pouco receptivas aos investimentos estrangeiros"

A liberdade econômica é capaz de diminuir a desigualdade social de um país? Em primeiro lugar, é preciso definir o que vem a ser igualdade social. Esse conceito pressupõe que todos sejam forçados a viver em casas idênticas, ganhar os mesmos salários, comer as mesmas comidas e acreditar nos mesmos valores? Essa abordagem totalitária já foi tentada na União Soviética e está em pleno vigor em Cuba. Os resultados foram e são desastrosos, para não dizer trágicos. Como os fundadores dos Estados Unidos sabiam muito bem, é impossível para um governo arcar com a missão de assegurar igualdade para todos os cidadãos. As pessoas não nascem iguais. Elas possuem habilidades e talentos próprios. Cada uma deve decidir sozinha o que quer fazer da vida: se prefere trabalhar duro ou levar uma existência mansa e tranqüila. O principal papel de um governo não é ir contra essa realidade e forçar algo que não existe nem existirá. O bom governante é aquele que oferece oportunidades iguais para todos buscarem a própria felicidade. O capitalismo promove níveis desiguais de prosperidade. Como diria o estadista Winston Churchill, isso é muito melhor do que produzir miséria igual para todos, como faz o socialismo.

A pobreza diminui nos países com liberdade econômica? Ao dar oportunidades para que a população mais pobre prospere, a liberdade econômica é boa para todos. Quando esse conceito é implementado, a elite política fica impossibilitada de usar a máquina estatal para ganhar vantagens econômicas, o que sempre ocorre em prejuízo dos mais fracos. Essa situação terrível é o que chamamos de "capitalismo de comparsas". Nos países onde essa prática é institucionalizada, os governantes e seus amigos sobrecarregam a população com burocracia e pesados impostos com o objetivo de massacrar os empreendedores, que vêem como uma ameaça. Quando, por outro lado, existe liberdade, o poder econômico não está sujeito a forças políticas e sociais. Pequenas e médias companhias privadas, que são a espinha dorsal de uma economia e produzem a maior parcela dos impostos, têm melhores chances de crescer. A liberdade econômica é uma doutrina revolucionária que desafia o status quo e os que querem usar o poder em proveito próprio. No longo prazo, sua aplicação produz mais prosperidade, mais igualdade de renda, mais emprego e reduz os níveis de pobreza.

É possível medir esses benefícios? Se dividimos os países do mundo em cinco grupos, usando o grau de liberdade econômica como parâmetro, vemos que o grupo de países mais livres tem uma renda per capita cinco vezes maior que a do grupo de nações que consideramos repressoras. O desemprego nos países livres é de 6%, enquanto nos economicamente repressores é de 19%. As nações mais livres também possuem menor inflação, que sabidamente corrói o salário dos mais pobres.

Como está o Brasil no ranking de liberdade econômica? Em 2003, o primeiro ano do governo do presidente Lula, o país alcançou a sua melhor posição no ranking. Ficou em 58º lugar. No ranking deste ano caiu para a 101ª posição. Hoje o Brasil está ao lado de países como Zâmbia, Argélia, Camboja e Burkina Faso. Com isso, o Brasil mudou de categoria. Saiu do que chamamos de "moderadamente livre" para uma economia "majoritariamente não livre".

"O capitalismo promove níveis desiguais de prosperidade.
Como diria o estadista inglês Winston Churchill, isso é muito melhor do que produzir miséria igual para todos, como faz o socialismo"

O que fez o Brasil cair tanto no ranking? Os dois fatores que empurram o país para baixo são a corrupção e a falta de liberdade financeira. No último ranking da Transparência Internacional, que mede o grau de corrupção dos países, o Brasil aparece em 72º lugar numa lista de 179 nações. Apesar de o uso da internet nas concorrências públicas estar crescendo no Brasil, o que é positivo, muitas das empresas participantes desses leilões afirmam ter encontrado corrupção em alguma parte do processo. As leis brasileiras são pouco receptivas aos investimentos estrangeiros. O país precisa melhorar as leis de investimento, reduzir as restrições à moeda estrangeira e facilitar a vida dos empresários estrangeiros que queiram operar no país.

O senhor falou em capitalismo de comparsas. Em que países esse fenômeno é mais forte? Muitos países são vítimas desse mal, embora em diferentes graus. Os Estados Unidos já tiveram, em sua história, políticos corruptos que recebiam favores de empresários. Hoje, os americanos não vivem uma situação em que o capitalismo de comparsas possa ser considerado institucionalizado. Isso acontece mais claramente no México, na Argentina e na Venezuela. A economia mexicana é dominada por grandes empresas estatais e privadas, que exercem monopólios ou duopólios. Entre as estatais estão a Pemex, de petróleo, e a CFE, de eletricidade. O resultado é a falta de competição, que prejudica os consumidores mexicanos. Na Argentina, o governo populista dos Kirchner mostra claro favoritismo a setores dominados por colegas peronistas. Nas áreas em que há amigos, o governo não é tão severo ao exigir que as companhias obedeçam às regras ambientais, por exemplo. Já no regime do venezuelano Hugo Chávez, o capitalismo de comparsas domina inteiramente o país. A tal ponto de alguns economistas preferirem não chamar o sistema venezuelano de capitalismo. O governo Chávez é mais parecido com o fascismo ou com a ditadura da KGB, sob o comando de Vladimir Putin, na Rússia. Lá, ter sido um espião é essencial para se tornar um empresário de sucesso.

Quais são as nações que mais melhoraram em termos de liberdade econômica nos últimos anos? Qual foi o impacto disso? Eu destacaria Botsuana, Estônia, Irlanda e Mongólia. O padrão de vida nesses países melhorou muito na última década. Desde 1995, todos tiveram um aumento médio anual do PIB superior a 5%. Ao reforçar o estado de direito e a transparência no governo, todos ganharam estabilidade política e econômica. A Irlanda hoje é um grande exportador de software da União Européia. A Estônia tem seguido o mesmo caminho e investe bastante em tecnologia e informática.

Por que as antigas colônias inglesas da Ásia estão entre os países com maior liberdade econômica? Parte da resposta está na cultura anglo-saxã. Dos dez países no topo do ranking, sete foram colônias inglesas. A Inglaterra é o décimo na lista. É uma tradição inglesa e do norte da Europa ter governos limpos, transparentes e responsáveis. Servidores públicos não tentam roubar, os tribunais de Justiça procuram ser honestos e não aceitam suborno. Outro fator é a relevância dada aos direitos de propriedade em países com influência anglo-saxã, como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Botsuana e Irlanda. Outros países protestantes dividem o mesmo legado. Em 1215, a Constituição inglesa já criava um sistema de pesos e contrapesos para o poder governamental, que evoluiu bastante desde então. Graças a isso, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não interferem uns nos outros e formam um sistema transparente, que previne abusos do poder. Uma das bandeiras da reforma protestante no século XVI foi a rejeição total da corrupção que permeava a Igreja Católica na época.

Como está a América Latina no ranking? Quando analisamos o continente americano como um todo, percebemos que a liberdade econômica está diminuindo. A culpa é claramente da América Latina. A região está dividida. De um lado estão governos baseados em uma democracia mais profunda, que estimula o livre mercado e traz prosperidade para a população. É o caso do Chile, que aparece em oitavo lugar no ranking mundial, à frente da Suíça e da Inglaterra. De outro estão governos populistas que vendem fórmulas desgastadas do passado. A Venezuela está entre os dez países mais repressivos, à frente apenas de notáveis ditaduras como a de Robert Mugabe, no Zimbábue, ou a de Kim Jong Il, na Coréia do Norte. Desde que ganhou as eleições, Chávez promove um intenso ataque ao sistema privado. Muitos empresários pararam a produção porque não conseguem mais obter lucros. Na Argentina, a falta de liberdade econômica tem sido uma tragédia. O país, que em 1933 tinha um PIB equivalente à soma dos de Brasil e México e era uma das dez maiores economias do mundo, tornou-se periférico. Nos últimos 75 anos, seus governantes fizeram com que o país caminhasse para trás, apesar de ser muito rico em recursos naturais. Na Nicarágua, Daniel Ortega ressuscitou seu discurso antiamericano e sua política desestabilizadora, aproximando-se perigosamente de Hugo Chávez e do iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Qual dos dois grupos de países está mais forte na região? Muitos países estão caminhando em direção a modelos falidos do passado. No nosso ranking, isso se refletiu no desempenho dos países. Dezessete caíram de posição, enquanto doze tiveram melhora.

Que país poderia servir de modelo para a América Latina? O Brasil pode ser citado como exemplo no que diz respeito à manutenção de sua política antiinflacionária. Exceto pelo Chile, os demais países da região não mostram a mesma disciplina. A maioria dos governos prefere comprar vantagens políticas no curto prazo, mesmo sabendo que isso está sendo feito à custa do crescimento e da saúde econômica a longo prazo.

As mudanças que Raúl Castro está promovendo em Cuba vão ampliar a liberdade econômica na ilha? Não há nenhuma informação que me leve a concluir que Cuba esteja dando passos verdadeiros em direção à liberdade econômica. Não haverá democracia baseada em livre mercado até que o regime de Fidel Castro se vá definitivamente. A transição representada por Raúl não é para valer. Ele só está tentando fazer parecer que há uma mudança, quando não há nenhuma. Os camaradas do partido dizem que as pessoas agora podem comprar celulares, mas só os que ganham pesos conversíveis podem se conceder esse luxo. Isso exclui grande parcela da população de Cuba. O governo é quem decide quem pode ou não comprar computadores e aparelhos de DVD. Ninguém tem vontade de trabalhar na ilha, porque sabe que isso não compensa. O Exército controla 60% da economia e Raúl está no comando dos militares. Certamente não tomará nenhum passo em direção a uma liberdade econômica verdadeira, porque isso ameaçaria seu próprio poder. Tudo não passa de um grande teatro.

De maneira geral, a liberdade econômica tem diminuído ou aumentado no mundo? Quando se somam todos os países, é possível ver que a liberdade econômica tem aumentado, embora muito lentamente. Quem mais puxa a curva para cima são os países europeus. Dos vinte países mais livres, metade está na Europa. Outro destaque são as antigas colônias inglesas. Hong Kong é o campeão, seguido de Cingapura.

1.8.08

"Vote nulo": começa tudo de novo!!!

Mais uma vez estas informações erradas começarão a circular pela rede...

É só consultar a legislação eleitoral, que é bastante clara: votos nulos não anulam QUALQUER eleição: ganha o candidato que tiver A MAIORIA DOS VOTOS VÁLIDOS, e voto nulo não é válido:

"Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos."

Se, por hipótese, somente três pessoas votarem corretamente para prefeito em Curitiba, e todas as demais anularem seus votos, o prefeito poderá ser eleito com dois votos... É absurdo, mas é o que diz a lei...

A anulação da eleição em questão (LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965. Capítulo VI, Art. de 21 a 224) só ocorre se 50% dos votos forem invalidados por vício, interferência, violação de urnas ou erro na totalização, e não pelos votos nulos...

Se nós, eleitores conscientes e indignados, simplesmente anularmos nossos votos, sobrarão os votos dos imbecís e influenciáveis, que elegerão justamente os que não queremos...

É melhor pensar direito e divulgar a informação correta!

25.7.08

Retornando em grande estilo.

Estou de volta ao blog, após um longo período, como se pode notar pela data do último post.

Nestes meses minha ausência se deveu à "imersão" em um projeto da GVT que lançou os produtos Smart (franquia em Reais), Turbonet Mega Maxx e Turbonet Mega Flex. Trabalho árduo e complexo, finalmente concluído, mas o reconhecimento e a recompensa - se vier um dia - será a Divina... Mas isto será assunto de outro post.

Meu retorno se deve ao recente ato de bravura e coragem do juiz Carlos Henrique Borlido Haddad, da Justiça Federal de Marabá, no Sul do Pará, que condenou os líderes do MST Luis Salomé de França, Eurival Carvalho Martins e Raimundo Benigno Moreira a pagarem uma multa de R$ 5,2 milhões, dentro de quinze dias, à empresa Vale, por descumprir decisão da própria Justiça, que proibiu a invasão e interdição da ferrovia de Carajás, em abril passado.

Eu já havia lido sobre decisões contra o MST no Rio Grande do Sul, onde alguns magistrados já entenderam que este "movimento social" não passa de uma quadrilha, com táticas de guerrilha comunista e cujo único objetivo é atentar contra a lei e a ordem vigente - quando não é apenas servir de instrumento para a exploração da miséria.

Este mesmo juiz foi responsável pela condenação de outra figura, o advogado e coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Batista Gonçalves Afonso, acusado de liderar invasão à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no município em 1997.

Parabéns, meretíssimo!!! É de pessoas com o seu discernimento (e coragem!) que estamos precisando, para começar a colocar algumas coisas nos trilhos em nosso país!!! Sei que Va. Excia. sofrerá os mais vis ataques daqueles que optam pelos criminosos, mas espero que persista. E no que depender de boa avaliação e aprovação, pode contar conosco!

21.1.08

Recordando...

Neste final de semana realizei uma epopéia para levar minha família - a Rogéria e as "crianças" - para o Sul de Minas, para passarem uns dias de férias na casa dos pais dela.

"Epopéia" porque fomos de carro, e as estradas tem trechos em condições miseráveis de tráfego... Duas das principais rodovias do País, a BR-116 (Régis Bittencourt) e a BR-381 (Fernão Dias), com tráfego intenso de caminhões, e ligando importantes capitais de estados, com a conservação (???) há muito igual a zero... Só deteriorando! E, nessa época do ano, com chuvas intensas, crateras vão se formando nas pistas, deixando para nós, pobres motoristas (e pagadores de impostos, taxas e contribuições...), apenas a alternativa de trafegar a 40 Km/h, no máximo. E ainda ficar "torcendo" para que a privatização venha logo, como última esperança de melhoria... Talvez seja essa mesmo a idéia: torcer para que as "metamorfoses ambulantes" no poder façam tudo aquilo que antes, quando eram de oposição, "era coisa do mal"... E continuar pagando impostos, taxas, contribuições e mais o PEDÁGIO!

Mas o assunto deste post é agradável: rever a minha querida Minas Gerais, cheia de morros e montanhas, rios e as inúmeras cidades (zinhas e as nem tanto mais...) me trouxe um ar nostálgico, um ar assim de Casimiro de Abreu que, tirando o mar - ou substituindo-o pelos ribeirões, tudo o mais retrata em sua obra prima, como segue abaixo:

MEUS OITO ANOS
Casimiro de Abreu
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias,
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! Dias de minha infância,
Oh! Meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delicias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito.
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

6.1.08

Legítima defesa?

Não sou muito chegado a assistir as novelas, exceção feita às novelas de época, que, vez por outra, aguçam minha curiosidade, tratam de fatos históricos e premiam a visão com belíssimas paisagens e visitas a lugares históricos. Fora isso, de vez em quando "passo os olhos" para me atualizar sobre as tentativas de "reflexão moral" e dos novos modismos do "politicamente correto".

Foi numa dessas raras vezes que, junto com a Rogéria, minha esposa, vi um recente capítulo da atual novela das oito da Globo. Tratava da invasão de uma favela por um bando rival. Na favela invadida, uma "socialaite", um deputado e outros protagonistas. Lá pelas tantas, para fazer frente ao poderio bélico dos invasores, o "dono do morro" supreende a todos revelando um arsenal de guerra escondido sob um alçapão... Fiquei abismado primeiramente pela modernidade do arsenal: diferentemente dos M-16 e AR-15, lança-mísseis e artilharia anti-aérea que estamos acostumados a ver em poder dos narcotraficantes e donos de morro, parece que o "herói" em questão recebeu seu "carregamento" de algum museu das duas grandes guerras mundiais, ou de algum filme de guerra do saudoso John Wayne...

Mas a questão de que trato nesse post deve-se mesmo a uma frase do "deputado", sugerindo que o revide à invasão, mesmo com as armas de guerra obsoletas - e nem por isso menos ilegais - poderia ser considerado "legítima defesa"... Ora, ora, ora! Não é paradoxal? A defensora número um do desarmamento leva ao ar uma singela mensagem - quase sub-liminar, é claro, mas (propositadamente ou não?) colocada por um representante eleito pelo povo - de que eventuais revides (ou seria a tradicional guerra do tráfico nos morros do Rio?) podem ter, enfim, um aspecto legal: trata-se, por parte dos invadidos, da legítima defesa! E porquê não seria, então, "legítima defesa" a reação à uma invasão policial? Afinal, os "donos de morro" são tão queridos pelos moradores - a "comunidade", não é o que nos informam sempre? São quase uma família, e o morro é a sua casa!

Ah, sim, desculpem-me: é tudo ficção! E, diferentemente dos telejornais, dos plantões e das campanhas pró-desarmamento, não foram mostrados cadáveres e sangue correndo... Somente uma cena melodramática com a sempre brilhante Marília Pêra.

A "tese" da legítima defesa já foi - e ainda é, infelizmente - ostensivamente usada para justificar aberrações e monstruosidades dos mais variados formatos e nas mais diversas situações, incluindo a destruição das torres gêmeas, os atentados terroristas no Afeganistão, no Iraque e no Oriente Médio... Na "defesa" dos acampamentos de invasores criminosos do MST ameaçados de expulsão... Na "defesa" de invasores e destruidores do patrimônio alheio encastelados em instituições públicas e empresas... É tudo "legítima defesa", dizem os tresloucados que põem a ideologia e a burrice a serviço de criminosos disfarçados de redentores.

Pode parecer paranóia minha... Afinal, fazer análises de filmes e novelas é coisa da crítica especializada. Mas há certas ocasiões em que despropósitos, paradoxos e até mesmo possíveis "mensagens ocultas" ativam meus mecanismos de defesa - tal como uma reação alérgica - como que querendo me alertar de que há algo mais no porvir...

Afinal, em minha vida e em minha profissão fui aprendendo, aos poucos, que é bom estar atento aos sinais, aos detalhes - mesmo os aparentemente insignificantes - e às constantes tentativas de insulto à nossa inteligência. Principalmente por parte do Governo, dos políticos e dos meios de comunicação.

É bom estarmos atentos. Isso não é legítima defesa: é crime! E crime organizado. E muito bem organizado, por sinal. Mesmo que com armamento artesanal ou obsoleto...